Ser psicóloga é um dos ofícios que não se trata apenas de um trabalho: o consultório é parte fundamental da minha vida e da vida de todos que se dedicam ao delicado trabalho de cuidar da saúde mental das pessoas.
Se formos prestar atenção, muitos de nós, ao fazer uma retrospectiva, podemos observar que a vocação profissional já dava as caras na época de criança, em nossas brincadeiras, atividades e aptidões.
Lembro de gostar, já naquela época, de escutar as pessoas: os bordões familiares, as contações de histórias, as narrativas. Quando adolescente, me vi em apuros com a clássica angústia sobre que rumo dar pra vida.
Lá, pude conhecer minha primeira terapeuta: foi quando eu experimentei o alívio de que alguém entendia meus conflitos e me oferecia algumas saídas para questões que pareciam impossíveis de lidar.
Não tive dúvidas: acabei escolhendo seguir a profissão e ingressei no curso de Psicologia em 2005. A maior parte de minha formação foi na UFSM, porém concluí meus estudos na Unijuí.
Na universidade federal, temos uma formação importante sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e acabei me encantando com a ideia de poder fazer um trabalho de efetivo alcance no serviço público.
Atuei como psicóloga clínica na Prefeitura de Picada Café, onde foi possível trabalhar diversas demandas em todas as faixas etárias. Em meus oito anos de atendimento público, realizei mais de 9 mil atendimentos de pessoas que passaram pelo meu espaço dividindo seus medos, angústias, frustrações e conquistas.
Se a Regra das 10 mil Horas de Michael Gladwell estiver certa, meu trabalho no SUS junto à prefeitura de Picada Café me proporcionou esse aperfeiçoamento clínico e de escuta dos pacientes ao longo de toda a minha trajetória como terapeuta de saúde pública.
Além disso, exerço a clínica em consultório privado de maneira concomitante. A formação que a prática nos proporciona é imensa e tenho uma gratidão profunda por cada paciente com os quais compartilhei o percurso da psicoterapia.
Ao longo do tempo, acabei por sentir que os casos de criança e de adolescente portavam uma complexidade que me demanda uma necessidade de estudo cada vez maior – o que me levou a buscar uma formação que pudesse me deixar mais apta a escutar o que a criança e o adolescente, sujeitos em formação, tinham a me dizer.
Tenho hoje uma pós-graduação em “Problemas do Desenvolvimento na Infância e na Adolescência”, que tem me ajudado a perceber e ajudar a ultrapassar as dificuldades que podem aparecer no desenvolvimento infantil.
A partir dessa experiência de estudo e escuta do infantil, a prática da psicologia clínica de maneira ampla, em todas as faixas etárias, foi enriquecida porque as experiências na primeira infância são o ponto de partida de todos nós. O que as pessoas trazem à terapia são as repercussões de conflitos de toda a vida, iniciados justamente nas vivências primordiais.
Particularmente, nos casos onde é preciso dar um suporte à família e seus delicados conflitos, tal viés de entendimento enriquece muito o processo de análise dos sintomas.
Por fim, mas não menos importante: qual a minha linha de trabalho?
Essa, talvez, seja uma das perguntas que mais escuto de quem me procura buscando atendimento de psicologia clínica. Então, vamos sanar essa curiosidade.
Minha formação é em teoria psicanalítica e trabalho com psicoterapia de orientação analítica. Mas, o que isso quer dizer?
Costumo lembrar que a linha teórica é o ponto de partida – e não de chegada – para entender o que o paciente traz para ser tratado, mas as ferramentas de trabalho são construídas a partir da demanda que ele apresenta em cada momento e leva em conta a singularidade de cada um.
Assim, desenvolvo uma forma de atendimento que leva em conta as particularidades de cada pessoa, tendo como terreno sólido minha formação em Psicanálise.
Psicóloga Clínica formada em 2012 com Especialização em Problemas do Desenvolvimento na Infância e na Adolescência
Atuação de oito anos como psicóloga do Sistema Único de Saúde, com mais de 9 mil atendimentos realizados
Meu ponto de partida com os pacientes é através da Psicoterapia de orientação Psicanalítica
Atendimento presencial no consultório ou remoto por uma ferramenta privada e segura de videoconferência